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De Concórdia para o mundo: A trajetória de Darlan Romani

Em entrevista para a Revista K +, Darlan Romani, atleta da modalidade arremesso de peso, fala sobre suas origens sulistas e tradicionalistas, o amor pelo automobilismo, e sua incrível trajetória entre Concórdia-SC e as Olimpíadas de Tokyo.


Darlan Romani, representante do Brasil na modalidade arremesso de peso nas Olimpíadas Tokyo 2020. – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução Instagram.



Por Pedro Galhart

10 de novembro de 2021



Entre a descontração dos memes e as reverências por uma jornada heróica e cheia de percalços no caminho até as olimpíadas de Tokyo, Darlan Romani, atleta do arremesso de peso, foi uma das grandes personalidades que ganharam apreço e admiração do povo brasileiro.


Com suas palavras gentis e amorosas direcionadas a sua família, e em especial a sua esposa Sara Romani, Darlan ganhou nas redes sociais a fama de um homem romântico e cuidadoso. Aliado a esta personalidade carismática, a sua capacidade de superar as adversidades que lhe foram impostas pela pandemia que assola o mundo também o fizeram ser considerado um ícone dos Jogos Olímpicos, sendo um exemplo de que a perseverança e espírito olímpico são capazes de levar um atleta tão longe quanto seus sonhos puderem alcançar.

Sulista, natural da cidade de Concórdia em Santa Catarina, Darlan Romani revelou em entrevista exclusiva para a Revista K+ a sua conexão com a cultura tradicionalista, seu amor pelo automobilismo e sua missão de levar o atletismo adiante e inspirar jovens a praticar as modalidades. E claro, contou detalhes de sua longa jornada entre o interior de Santa Catarina e as Olimpíadas de Tokyo, e as repercussões e memes geradas por essa participação marcante nos jogos olímpicos.



Origens


Revista K+ – Depois de toda essa repercussão da sua participação nos jogos olímpicos, muita coisa mudou na sua vida?


Darlan Romani – Ah, com certeza tem mudado bastante… A população está reconhecendo bastante nos lugares onde tenho ido, e muitas pessoas pedem pra tirar fotos e conversar. Tem sido bem bacana tudo isso.


Revista K+ – E essa exposição tem te trazido mais oportunidades? Num sentido de patrocínios, propostas de trabalho…


Darlan Romani – Então, tem bastante gente conversando, entrando em contato. Um contrato a gente já tem, que me garante as condições para eu treinar e me manter. Mas tem vindo bastante gente consultar a gente sobre isso sim.


Revista K+ – E falando nessas oportunidades que tem surgido, como foi participar dessa ação da Disney interpretando o Senhor Incrível? Gostou da experiência?


Darlan Romani – Ah, esse apelido veio da população né. O Brasil viu que eu parecia muito com o Beto Pêra, o Senhor Incrível, e acabou pegando esse apelido. O pessoal é muito criativo. Fico feliz que a própria Disney achou legal e interessante essa brincadeira e resolveram fazer essa ação. A experiência de interpretar o personagem foi muito legal.



A comparação com o personagem Senhor Incrível rendeu a Darlan Romani uma participação numa ação de promoção da franquia. – Foto: Disney Brasil/Reprodução Instagram.




Revista K+ – Além dessa semelhança com o Senhor Incrível, outra brincadeira que pegou muito na internet relacionada a ti foi que tu mostrou nas entrevistas ser um cara muito romântico. O pessoal fez muitos memes te chamando de “o último romântico”, e coisas do tipo. Gostou dessa repercussão?


Darlan Romani – Ah, com certeza. Um ato de amor e de carinho pela minha esposa e pela minha filha é algo que eu não poderia deixar de fazer naquele momento. E a população se identificou bastante com isso. Esses atos de amor e carinho hoje em dia, com tudo que está acontecendo nessa pandemia, são muito importantes. O povo viu que a gente tem que amar e respeitar acima de tudo... Foi muito legal. Foi bem bonito isso, a repercussão é bem positiva.


Revista K+ – Falando agora um pouco sobre as tuas origens, és natural da região oeste de Santa Catarina, bem próximo da fronteira com o Rio Grande do Sul. É verdade que você tem proximidade com a cultura tradicionalista?


Darlan Romani – Eu gosto muito, sou fã da tradição gaúcha. Sou um apaixonado pelo churrasco, por andar a cavalo... Gosto muito dessas tradições. Lá em Concórdia a gente participava do CTG, gostava dos bailes de vanerão e toda essa vivência. Sempre gostei dessa cultura. É uma tradição muito bonita, e eu como sulista me identifico muito. Tenho muito orgulho e faço questão de levar essa tradição adiante.


Revista K+ – E já depois desses anos todos morando em São Paulo, você se acostumou com o churrasco paulista, usando a grelha? Ou ainda mantem a tradição do espeto?


Darlan Romani – Como eu disse, eu prefiro manter a tradição. Prefiro muito mais colocar a carne no espeto do que fazer na grelha. Admito que tem a praticidade da grelha, mas o sabor da carne no espeto é completamente diferente. O pessoal aqui tem muito o costume de comer carne sem osso, e eu aprendi desde pequeno com meu pai e meu avô que a melhor carne é ao redor do osso. Um bom gaúcho que se preste gosta mesmo é de um costelão, feito em doze horas de preferência.



Darlan Romani se revela um apaixonado pela tradição e pela culinária gaúcha – Fotos: Arquivo pessoal/Reprodução Instagram.




Revista K+ – E o pessoal aí de São Paulo tem aprovado a churrascada gaúcha?


Darlan Romani – Eles ficam todos doidos. Sempre querem vir comer aqui em casa, que é muito diferente do que eles fazem. Eles não têm o costume de usar lenha, só fazem com carvão. E a lenha é na verdade o que dá o sabor na carne, que é o diferencial do churrasco gaúcho.


Revista K+ – Outra paixão tua que não pudemos deixar de ver nas tuas redes é a sua relação íntima com os carros… Além da famosa Kombi, você também tem um gosto particular pelas caminhonetes grandes né?


Darlan Romani – Sim, eu sou apaixonado pela F1000. Eu sempre gostei muito de carros antigos, e como motorista, quando você aprende a dirigir em carro grande você não se acostuma com carro pequeno mais. Meu carro de uso é a F1000 ano 95 série especial, com cabine estendida. Era um sonho de criança ter essa caminhonete, toda preta. Eu fiz ela do meu gosto. Comprei ela meio derrubada, e fui ajeitando ela com o tempo. Demorei uns quatro anos para deixar ela do jeito que ela está. Ainda tem algumas coisas pra fazer nela, mas é um sonho realizado. A Kombi é uma homenagem ao meu pai, que faleceu num acidente aí no Rio Grande do Sul em 2012. Esse carro é uma forma que eu e meu irmão tivemos de homenagear ele. Meu irmão tem a Kombi dele e eu tenho a minha. Mas o meu xodó mesmo é a F-1000.



Caminhonete F-100 restaurada é motivo de orgulho para Darlan Romani – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução Instagram.



Revista K+ – Quais outros carros te chamam a atenção?


Darlan Romani – Eu sou suspeito para falar desse assunto… Eu gosto muito mesmo de carros. Todo carro diferente que eu vejo eu paro pra olhar, analisar, vejo e pergunto as diferenças de um modelo, uma edição para outra... Eu sou realmente um fã do automobilismo. Tudo que envolve esse assunto me chama muito a atenção.


Revista K+ – Então acredito que poder ter conhecido de perto a Stock Car tenha sido um momento especial para ti…


Darlan Romani– Isso pra mim foi um presente, foi a realização de um sonho. Estar lá no meio dos pilotos, dos mecânicos, conhecendo as máquinas. Eu até brinquei com o pessoal que se me deixassem mais um pouco a vontade eu iria começar a ajudar os mecânicos a mexer nos carros, por que eu gosto mesmo. Ainda tive a oportunidade de dar a bandeirada final na corrida. Foi uma experiência inesquecível.



Darlan Romani classifica a oportunidade de conhecer a Stock Car como a realização de um sonho – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução Instagram.



Trajetória até Tokyo


Revista K+ – Agora voltando um pouquinho lá no início da tua carreira como atleta… Você teve um começo meteórico no arremesso de peso, conseguindo competir a nível nacional já no primeiro ano. Como foi esse teu encontro com o esporte?


Darlan Romani – Comecei lá em 2004, lá em Santa Catarina, em Concórdia. Era um projeto da prefeitura que levava as modalidades de atletismo para as escolas, e aí foi meu primeiro contato com o arremesso de peso, e a partir disso comecei a frequentar algumas competições. Nesse primeiro ano eu fiz uma etapa regional, que me levou a participar do estadual, e depois um torneio brasileiro, que na época eram os jogos da juventude. Tudo neste primeiro ano. No ano seguinte eu voltei a participar do nacional e dessa vez eu ganhei a competição, e com isso fui para o meu primeiro mundial, que foi na Itália, no ano de 2005.


Revista K+ – E depois dessa ascensão, que no intervalo de um ano permitiu que você fosse da prática do arremesso de peso na sua escola para estar participando de um campeonato mundial, você com 13 ou 14 anos já conseguia enxergar que o esporte seria o teu futuro?


Darlan Romani – Olha… Naquela época, quando criança, pra falar bem a verdade eu não levei muito a sério. Percebi que eu ia bem na modalidade e tudo mais, mas eu estava mais deslumbrado com aquela experiência. Foi muito diferente viajar pra Europa sozinho. Eu estranhei bastante tudo aquilo… Mas o gosto por praticar o esporte já existia dentro de mim. Me identifiquei de cara com o arremesso de peso, tanto que eu não praticava nenhuma das outras provas de arremesso e lançamento, como o disco, martelo, dardo, nada disso. Fazia só por brincadeira, um dia ou outro. O que eu gostava mesmo de fazer era o arremesso de peso.


Revista K+ – Antes de você ter essa certeza de que seguiria no esporte, qual era o teu sonho? A tua perspectiva de vida pro futuro…


Darlan Romani – Eu ia ser motorista... Meu pai tinha uma empresa de ônibus lá em Concórdia. Meu sonho era ter 21 anos para poder dirigir os ônibus e poder levar o pessoal. Quando eu era criança eu sempre sonhei com isso. Hoje eu tenho a minha própria empresa de ônibus, minha empresa de caminhão, tenho minhas coisas nessa área.


Revista K+ – Então essa paixão pelo automobilismo já foi o teu plano de vida, né? E pelo visto esse sonho não ficou de lado.


Darlan Romani – Com certeza. É uma paixão muito grande. Eu aprendi a dirigir muito novo, meu pai me ensinou. De lá pra cá eu sou cada dia mais apaixonado pelo volante e isso tá presente na minha vida até hoje.


Revista K+ – E você lembra qual foi o momento em que você percebeu que o seu futuro era realmente ser um atleta de ponta do arremesso de peso?


Darlan Romani – Lembro sim. Eu saí em 2009 para fazer um camp em Uberlândia, Minas Gerais, e lá eu conheci o meu treinador, o Justo Navarro, que é cubano. Nesse camp todo mundo ficou muito admirado com a facilidade que eu tinha pra força, e o jeito que eu arremessava o peso, e me chamaram para treinar com eles. Mas aí eu me perguntei “será que sou bom assim? Será que eu tenho mesmo essa condição?”... E não foi só um treinador, foram todos os treinadores de todas as equipes que estavam nesse camp que quiseram me levar. Nesse momento eu pensei com mais clareza "pô, legal, acho que é isso aí mesmo". No ano seguinte, em 2010 eu fui pro mundial juvenil no Canadá e fiquei em sétimo lugar lá, enfrentando um nível de competitividade altíssimo. Quando eu voltei pro Brasil eu já tinha a certeza que era isso que eu queria pra minha vida, de verdade. Eu estava decidido a seguir firme e dedicar a minha vida a ser um atleta, e lutar todos os dias para chegar numa olimpíada.



O treinador cubano Justo Navarro motivou Darlan a acreditar no seu potencial e investir na carreira de atleta. – Foto: Wagner Carmo.



Revista K+ – Nesse momento em que você tomou essa decisão de vida você já já tinha um apoio para conseguir se dedicar em tempo integral ao esporte?


Darlan Romani – Ainda não... Nessa época a confederação de atletismo criou um projeto visando a Olimpíada de 2016. Para isso eles ofereceram alimentação, e hospedagem para que eu tivesse amparo para me dedicar a continuar treinando com os cubanos. De apoio financeiro à época eu ganhava duzentos reais, lá do município de Concórdia. Mas desse dinheiro eu pagava R$ 172,80 na mensalidade da minha faculdade, que eu tinha uma bolsa parcial para cursar administração. Então não sobrava praticamente nada. Esse começo foi bem complicado.


Revista K+ – E chegando em 2016, no ano da sua primeira olimpíada, acredito que esse tenha sido um momento de virada de chave na sua carreira. Foi?


Darlan Romani – Ah, com certeza. Em 2016 foi meu primeiro camp internacional, que eu passei mais de um mês treinando em Portugal. Lá na Europa eu participei de algumas competições, e voltei para o Brasil quando eu fiz nessas competições um índice suficiente para classificar para a olimpíada. Na etapa de qualificação da Rio 2016 eu fiz 20,94, que na época foi recorde brasileiro da modalidade, e com isso eu pude passar direto pra final das olimpíadas. Isso foi muito legal, e muito significativo. Na final da competição eu arremessei 21,02 e bati o recorde novamente, e pela primeira vez na minha carreira eu ultrapassei a marca dos 21 metros. Foi uma vitória.


Revista K+ – Bater a marca dos 21 metros foi um momento muito significativo?


Darlan Romani– Ultrapassar os 21 metros foi uma surpresa. Eu estava preparado pra fazer um bom resultado, mas a gente nunca sabe qual é o resultado que vai sair. A gente dá o nosso máximo sempre, e naquele dia o máximo foi uma quebra de recorde brasileiro, e justo na final olímpica, competindo com os melhores do mundo. Com esse resultado pude ficar em quinto lugar nas olimpíadas, já nesse primeiro pelotão em meio a atletas de ponta.



Darlan Romani recebeu a honraria de melhor atleta no Prêmio Brasil Olímpico 2019. Foto: Wagner Carmo/Confederação Brasileira de Atletismo.



Revista K + – E o ciclo entre a Rio 2016 e Tokyo, que estava programada para 2020, foi um período em que o seu desempenho vinha crescendo muito na modalidade. A pandemia acredito que tenha sido um banho de água fria em toda essa dedicação e planejamento.


Darlan Romani – Com certeza! Eu estava em uma sobrecarga de treinos super alta. Estávamos treinando muito e treinando bem. Quando veio a pandemia deu esse gelo... Acabou atrapalhando tudo, parando tudo. Aconteceu pro mundo todo, eu tive uns percalços a mais, mas foi o que aconteceu. Eu tive uma hérnia de disco que precisei operar no começo do ano, e por isso tive que ficar um tempo parado, em torno de 45 dias. Quando voltei, estava treinando super bem, tava fazendo as cargas lá em cima, tudo 100% novamente e com expectativas boas, aí foi quando acabei pegando COVID. Infelizmente não tem como lutar contra a doença... Tive que ficar isolado, e nisso perdi 10kg. Para um atleta ficar 1 dia sem treinar já prejudica, ficar duas semanas parado então é muito pior. Levando em consideração tudo isso a gente chegou na melhor forma que pode na olimpíada.



Mirando no Futuro


Revista K + – Retomando a normalidade, quais são as expectativas para o próximo ciclo olímpico?


Darlan Romani – Já estamos treinando a milhão. Eu tenho empresa, tenho esse emprego paralelo, mas isso eu já deixei tudo nas mãos da minha esposa e o pessoal que está trabalhando com a gente. Meu foco agora é somente nos treinamentos. Minha vida hoje é treinar. Eu tenho um objetivo traçado e vou lutar em busca dele. Daqui pra frente vamos trabalhar muito duro e vamos seguir correndo em busca do sonho do ouro olímpico.


Revista K + – Em 2024 você acredita que os 23 metros vão ser a marca que vai nivelar a competição do arremesso de peso?


Darlan Romani – Da forma que o esporte vem evoluindo nos últimos anos, não tenho dúvidas disso. Já tem muita gente perto de arremessar os 23 metros, e em 2024 a gente vai estar no bolo, com certeza. Estamos nos dedicando muito para isso. Essa é a meta.


Revista K + – Agora mudando um pouco de assunto: Aí na cidade de Bragança Paulista, onde você mora atualmente, você vem desenvolvendo o projeto Atletismo na Rua para incentivar essas modalidades entre a juventude. De onde partiu essa iniciativa?


Darlan Romani – Lá na minha terra, em Concórdia, a prefeitura levava o atletismo para dentro das escolas, e foi daí que eu pude descobrir e começar a praticar o esporte. Aqui em Bragança Paulista a gente lançou o Atletismo na Rua nesse mesmo sentido. Já fizemos algumas edições e vem sendo muito bem aceito pela população, e também é muito divertido passar o dia praticando esporte com a criançada. Os pais e responsáveis também participam, é bem legal.


Revista K + – E o projeto vem rendendo bons frutos?


Darlan Romani – Sim. Depois do sucesso do Atletismo na Rua lançamos o atletismo na escola, que foi implantado aqui em Bragança, e já tem cinco polos onde as crianças estão praticando as modalidades de atletismo. E queremos expandir e levar a nível nacional e ver a aceitação. O retorno tem sido muito positivo.



Darlan Romani se dedica a inspirar e incentivar as novas gerações. – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução Facebook



Revista K + – Se olharmos para outras modalidades, por exemplo, o Guga ajudou a popularizar o tênis durante seu auge, da mesma forma que o Ayrton Senna fez com o automobilismo, o Popó fez com o boxe, só para citar alguns. Acreditas que para esses jovens é motivador ter um ídolo do esporte perto para que possam se espelhar a acreditar no atletismo?


Darlan Romani – Acredito que sim. Tem um pessoal que relata que se inspira em mim. Venho recebendo alguns vídeos e mensagens nesse sentido, e é muito legal receber isso. É bom ver mais gente querendo praticar o atletismo. Eu pessoalmente não me vejo como um ídolo como esses que tu citou, mas a população tem me colocado nesse nível, e eu tenho achado muito legal essas homenagens. Cabe a mim abraçar a causa e fazer o que posso pra divulgar o arremesso de peso e inspirar mais gente a praticar. Isso só me motiva a tentar levar mais e mais a frente o projeto Atletismo na Rua e nas Escolas e seguir divulgando o atletismo.


Revista K + – Qual recado você gostaria de deixar para o público que te acompanha e as pessoas que se inspiram na tua história?


Darlan Romani – Continuem torcendo e mandando energia positiva que do lado daqui a dedicação é total! Um grande abraço.

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