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Na onda da paz: o esporte que auxilia no bem-estar e controle emocional

Foto do escritor: agecomfeevaleagecomfeevale

Deslumbrante para amantes do litoral, prática esportiva pode trazer benefícios para o corpo e mente.

Josyane Cardozo

"O surfe é tudo para mim, ele é a minha essência!"

Foto: Willian Becker

O verão no Litoral Norte é sempre muito aguardado pelos gaúchos. Férias de fim de ano, o sol e a temperatura elevada já deixam todos com vontade de aproveitar o mar. Água salgada, vento litorâneo e a areia. Esse conjunto de coisas, combinado com a vontade enorme de um mergulho, fazem parte do dia a dia de Cristiano Aloise Fornari, ou apenas Ki Fornari, surfista gaúcho de 47 anos. 


Aos 8 anos, o cenário descrito acima era a época perfeita de Ki, com seus amigos um pouco mais velhos, o pequeno descobriu o prazer de praticar o surfe. Com a prancha de seu tio, e muitas vezes, uma improvisada de isopor, o mini atleta aprendia a sensação de flutuar sobre as águas e esquecer da terra firme. Um ano se passa e seu pai o presenteia com uma prancha nova - e os sonhos começam a ficar maiores.


Vindo de uma família amante da praia, Ki e seus familiares carregam a paixão pelo esporte que une a história de suas vidas. E o atleta deixou seu legado no esporte. Competidor desde 1990, o surfista soma incontáveis títulos - é tetracampeão gaúcho em quatro categorias diferentes.


Para além dos títulos e a prática esportiva, outra memória sobre o surfe é mencionada. No início de tudo, Ki relembra que o primeiro sentimento que teve ao surfar foi o bem-estar e sensação boa de deslizar sobre as ondas.


“Já são 40 anos de surfe e com certeza o meu emocional melhora a cada dia. Cada vez que eu surfo me renova a alma. Todo dia que eu surfo é mais leve, sempre melhora, [...] faz a total diferença no meu emocional”, destaca o surfista.

Foto: Moisa Trindade

Além da prática do esporte, o surfe abriu outras portas para Ki Fornari. Seu hobby se tornou profissão, quando a comunicação passou a fazer parte da vida do praiano de Tramandaí. O atleta se tornou comunicador da Rádio Atlântida e DJ, apresentando o programa ATL Surf. “Eu recebi esse convite para atuar na rádio graças ao surfe, então o surfe me deu tudo praticamente na vida, o que eu sou hoje eu devo ao surfe”, comenta.


A indicação do esporte não é sem embasamento, segundo a psicóloga Bruna Schabarum, podemos pensar que qualquer prática de exercício físico pode trazer diversos benefícios ao corpo e a mente, promovendo um estilo de vida saudável.


“No caso do surfe, além de o corpo estar em constante movimento, elevando hormônios associados a redução do estresse e ao bem estar, como a endorfina, o fato de estar em um espaço onde o som das ondas, a extensão do mar e beleza da paisagem, funcionam como um momento reconfortante e relaxante, assim como quando utilizamos os mesmos “ruídos da natureza” para estudar (foco), dormir (descansar) ou simplesmente para relaxar”, comenta a profissional.

Foto: Moisa Trindade

O esporte também auxilia no controle da ansiedade, de acordo com a psicóloga. Afinal, a prática traz diversos benefícios: o esforço físico aumenta a frequência cardíaca, acelerando a liberação de endorfina e redução de cortisol. Como resultado, tem a redução dos níveis de dor e estresse, ansiedade e depressão, aumento dos níveis de energia e melhora no humor. Também é notável a melhora na concentração e foco, maior sensação de calma e bem estar. “A prática de exercícios físicos auxilia inclusive em focar no agora e ‘limpar a mente’, afinal, seus esforços estão focados na execução daquele exercício”, destaca Bruna.


Ki e Bruna concordam com uma coisa: a iniciativa de começar. O radialista e surfista, indica o esporte para todos que desejam fazer, ele comenta que o surfe é completo e pode mexer no seu corpo e no seu emocional. Já a psicóloga, relata que a prática pode servir como um hobby, uma atividade para desempenhar por livre e espontânea vontade, sem cobranças externas, que irá trazer maior satisfação em realizá-las, auxiliando no momento de relaxar.


 
O surf nas Olimpíadas

O esporte não é novo, os primeiros relatos do surfe apontam que foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahito. Porém, foi em 1778 que o surfe passou a ser considerado oficialmente um esporte, após o navegador James Cook descobrir o arquipélago do Havaí e ver os primeiros surfistas em ação. Após as Olimpíadas de 2016, o surfe se tornou um esporte olímpico e foi introduzido nos Jogos de Tóquio 2020 - a edição ocorreu em 2021 devido a pandemia de Covid-19.


Atletas brasileiros ganharam popularidade após as Olímpiadas que deram destaques a nomes como Ítalo Ferreira, Silvana Lima, Gabriel Medina, Tatiana Weston-Webb e Filipe Toledo. Na edição de 2024, o Brasil é o único país com seis representantes. Gabriel Medina, Filipe Toledo, João Chianca, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel carregam o uniforme e a prancha brasileira pela disputa de uma medalha.

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